sábado, 22 de janeiro de 2011

Pequeno ser



Era um ser pequeno. Vivia em um mundo irreal. Vivia cercado de pessoas maravilhosas e acreditava em conto de fadas. Cresceu. Percebeu que a vida não é um sonho. Percebeu que a realidade dói. Aprendeu com o tempo. Aprendeu que vive cercado de pessoas e ainda assim, sempre estará sozinho. Pobre ser. Vive. Sente sede de viver. Olhou ao seu redor e viu o mundo. Viu que ainda há o amor. Viu que vale a pena viver. Aquele ser pequeno cresce. Aquele pequeno ser sou eu.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Eu gostaria


Eu gostaria tanto de pensar um pensamento que fosse tão difícil que eu não
conseguisse pensá-lo. Mas não consigo.
(O dia do coringa)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sorria, você está sendo manipulado

Os maias devem estar certos. Se engana terrivelmente quem pensa que vivemos tempos de paz, tempos de liberdade. Se engana quem pensa que ditadura é coisa do passado. A ditadura está aí, irreversível... Na minha opinião, a mais violenta das ditaduras. Por quê? Porque diferente das outras esta acontece sem que percebamos, invisível. E nós a alimentamos inocentemente a cada dia. É a ditadura que nos leva a consumir, pensar, falar, agir como manda a regra, a procura de aceitação num mundo de pessoas que procuram ser aceitos da mesma forma que você. E não tem volta. Exatamente por isso acredito que o fim pode sim estar próximo, a humanidade tende a (des) evoluir. E o máximo que podemos fazer é ter consciência do que está acontecendo. É saber que quando você está comprando aquele vestido florido que você julgava parecer com a cortina da sua avó há alguns meses atrás, não é porque você mudou de idéia, é porque você está sendo manipulada. No final, a ditadura é feita por nós e para nós mesmos...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sem alma

Estava doendo. Acho que estava sangrando. Eu não estava bem. Meu coração estava parando. Eu sentia um vazio, eu não via o amor. Todos os meus bons sentimentos, foram transformados em dor. Eu sempre te via, nos meus sonhos. Hoje eu vejo a sua cara, igualzinha a do demônio. Desde a última dez que te vi, não senti mais nenhuma dor. Apenas senti raiva de você. Porque você me matou.

O louco do bar

Era sábado a noite, dez e meia, mais ou menos. Estava eu em um bar que se localizava em uma espécie de beco (público), quando um homem que aparentava uns 50 anos apareceu vestido apenas com uma samba-canção estampada. Os garçons tentaram impedir que o homem passasse por aquele beco, é claro, poderia espantar os clientes. O homem, revoltado, começou a lançar alguns argumentos contra o garçom, inclusive o fato de que beco não pertencia ao restaurante. Naturalmente, pensei que o homem fosse louco. Depois, ele recitou um poema que mudou a minha opinião e provavelmente a de todos os outros que se encontravam no bar:

Contra Toda e Qualquer Forma de Descriminação

Eu não sou negro. Eu estou negro
E mesmo que eternamente negro fosse
A minha cor jamais se compararia
Com a escuridão dos seus pensamentos
Que não consegue ver a luz
Nem mesmo dentro de ti

Eu nao sou pobre. Eu estou pobre
E mesmo que eternamente pobre fosse
A minha pobreza jamais se compararia
Com a pobreza dos teus sentimentos
Que não conseguem empobrecer
Alguém tão rico como você

Eu não sou louco. Eu estou louco
E mesmo que eternamente louco fosse
Estaria louco de vontade de que um dia
Você cometesse a loucura mais sã da vida:
Que é exatamente, não acreditar mais
Que a loucura existe

Eu não sou bicha. Eu estou bicha.
E mesmo que eternamente bicha fosse
Seria talvez muito menos bicho
E muito mais homem que você
Porque me amo, me aceito e ne respeito como estou.

Eu não sou gari.Eu estou gari
E mesmo que eternamente gari fosse
Mesmo que limpasse toda a cidade
Jamais retiraria o lixo de preconceitos
Das mentes de seus cidadãos
Que me rotulam de pobre, classe baixa, assalariado.
E não despertao pro quanto eu me sujo
Para que se mantenham limpos
E sejam considerados homens
O que talvez para eles, eu não o seja.

Eu não sou homem. Eu estou homem
Porque minha verdadeira essência é divina
Pode me chamar descendente de macaco
De corpo carnal, de matéria
Podem dizer que sou descendente dos peixes
Tudo bem poderá ate acerditar...
Mas uma coisa eu consigo sentir verdadeiramente :
Eu não sou negro, Eu não sou pobre, Eu nao sou louco,
Eu não sou bicha, Eu nao sou gari, Eu nao sou homem.
Eu estou no universo e o universo esta em mim...

Eu sou Deus.
Jayme Poeta

Aplausos!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Firework

Não, esse post não é uma referência ao réveillon, muito embora seja o primeiro do ano. Na verdade é uma referência a música da cantora Katy Perry, que se chama Firework – Fogos de artifício, se traduzido. Vi o clipe uns dias atrás, e devo dizer que me surpreendi. Apesar de não ser lá grande coisa, a mensagem do vídeo/música é mais interessante do que muitas que também estão fazendo sucesso por aí, atualmente. Hoje fui ver o vídeo novamente no You Tube, e me deparei com comentários do tipo “eu nunca me senti como uma sacola plástica ou como fogos de artifício” e “o que brilha não é a lua, é o Sol”. Ah, por favor. Onde está o senso poético dos americanos? A música encoraja as pessoas a se assumirem como são e enfrentar os problemas, enfrentar a vida. Com certeza é mais interessante do que I Gotta Feeling e outras músicas atuais que também estiveram no topo da lista da Billboard  e são verdadeiras incentivadoras do consumismo e da vida com a profundidade de um pires, que pra mim mais parecem presságios do fim do mundo. E ninguém critica!