quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ecstasy

Decidi largar as drogas e me curar.
Sem comprimidos,
sem remédios,
sem qualquer outro artifício hipócrita o suficiente para me fazer fingir uma melhora.
A minha cura está em outro lugar (bem longe daqui).
É apenas uma faixa de terra entre a loucura e a lucidez.
Sabe onde fica?
É só pegar um táxi na consciência da minha alma (também desconheço).
Lá a cura é efêmera. Mas vale a pena.
Venha comigo, Solidão.
E seremos só nós três: eu, você e a nossa angústia
(compartilhando um cigarro ou dois)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Doce (Dez)embro

Sem querer me pego pensando
Naquele doce beijo que me dera.
Já era tarde, véspera de natal
Os sinos do meu peito batiam e emitiam uma perfeita melodia
Acreditando inocentemente que estavam em harmonia com os seus.
Já é tarde...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cre do r


Comprei uma dose de tulipas para satisfazer sua vaidade.
Tomarei um buquê de pinga porque pieguice não é minha vontade.
Fumei um quilo de paixão para fortalecer minha elo(u)quência ao ter
Já que minha planta desabrochou e tornou-se uma flor clichê.
Queimei sua pouca roupa no fundo do mar.
Porque o meu fogo despiu até a vontade de te amar.
Comprei um gostoso vinil de açúcar,
mas sua vida continua mais amarga do que a nossa velha música.
Joguei disparates na mesa...
o tal do [car/b]aralho morreu com tamanha frieza
Oh querida estranha
de aparência tão piranha
ainda queres que eu morra de tesão por ti?

domingo, 11 de setembro de 2011

Como li(s)dar?

Mas como
eu como 
o seu doce como
eu como
quando em coma
na cama não como
a vontade de te amar?
Quero que coma
feito eu em coma
que só come como
alguém que em coma
sabe como li dar.
Comeu?
 o meu
     meu 
          eu